Pages

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Existencialismo

   Talvez não seja tudo. Mas também não é nada.

Cada início tem um fim, é inquestionável. Por mais que andemos em
círculos, um dia nossas próprias marcas nos mostram o caminho a
seguir. Ou o caminho a não seguir. E assim continuamos nossa
caminhada, sendo guiados pelo acaso ou pelas ironias da vida. Até
que nos deparamos com outro círculo. Outra pessoa andando em
círculos. E seguimos com ela. Até que um de nós descobre o caminho
e se esquece do outro.

E isso não é tudo. Como também não é nada.

Talvez, durante a caminhada, encontremos um posto de paz. Onde
descansamos e nos acomodamos. Até que percebemos que a vida não
é acomodada. Ela não aceita ser assim. E então temos que partir. Mas,
como partir se algo importante pode ser deixado para trás? E então
voltamos ao círculo. Continuamos ali, seguindo com quem não podemos
abandonar. Até que ele nos abandone. Porque não podemos parar. A
vida não para para nós.

Mas não é tudo. Talvez não seja nada.

E, no motivo central de toda essa roda, algo grandioso pelo que
buscamos. Felicidade. Algo surreal. Por que esquecemos de amar. Nos
apegar a um ponto de paz e levá-lo conosco. Mas nos acostamos a ele.
E a vida não para.

Isso é tudo. E também é nada.

Ame. Seja tudo e seja nada para alguém. Seja feliz. Porque é isso
que a vida pede e é isso que se leva da vida.

0 comentários:

Postar um comentário